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Mostrando postagens de agosto, 2008

O CHORO DE KOSOVO

As crianças de Kosovo perambulam perdidas nas mudas montanhas das estradas do medo. As crianças de Kosovo perderam seus pais, seus irmãos, viram seus amigos explodirem. E as palavras sumiram nos olhos assustados da manhã e nos alvos errados da OTAN. Lenora calou. Ramadan viu sua casa em chamas e quedou e também calou e andou a esmo ao sul de Kosovo, em montanhas de ira. Jeton comprando pão foi agarrado por mãos sérvias e mandado para a Albânia. As vilas viraram fogo, os pais, corpos em cinzas, assassinados por nada, no absurdo dos tempos. Os corações assim apertados, já tão cedo feridos. As mentes em névoa os pensamentos em fúria. Lágrimas refugiadas rolando em campos minados. E amputaram dos pequenos rostos os sorrisos dos meninos e das meninas de Kosovo. Arrancaram a luz. Extirparam a inocência da paz com sangue e intolerância. No último ano do milênio o homem mancha o futuro com essa chaga presente: guerra, cela de estupidez. Cabe a cada um de nós abrir as portas da sol para que, qu

haikai do dia (pássaros)

Já quase manhã pássaros da madrugada desenham o dia.

A OBRA

A natureza: uma biblioteca e cada árvore uma enciclopédia. Lá das raízes da sabedoria e pelos troncos do conhecimento, nos galhos tantos mil e uma noites e em toda folha uma obra completa.