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Mostrando postagens de janeiro, 2011

Olhos Parados cap. 11

11 Surgiu no noticiário uma nova “bomba”! Um deputado do partido do senador Brito Júnior caíra de forma semelhante. E o quadro clínico que se apresentava também era muito parecido com o ocorrido com o senador. Começou-se a investigar e foi descoberto que o deputado, dias antes do acontecido, tivera contato com o senador, em uma reunião reservada. A hipótese de contágio passou a ser levada a sério. A remoção do senador foi feita para um hospital especializado em doenças infecto-contagiosas. A princípio, os comunicados à imprensa foram cautelosos. E o local para onde teria sido removido não foi divulgado por razões de segurança. A opinião pública foi sendo cuidadosamente trabalhada, para amenizar as possíveis reações de insatisfação com toda a situação. O próximo passo era ir desmobilizando aquela energia que se levantara e que ia cada vez mais ganhando vulto. O fato do deputado ter sofrido uma crise parecida com o “mal de Brito” foi mais um dado a ser trabalhado para desviar a at

Jardim Botânico 2

São os sons pios gorjeios trinados invisíveis nos verdes pássaros cigarras rios lagos e a majestade das árvores. São as formas as cores nervos e neurônios por onde caminhamos...

Jardim Botânico 1

O trânsito das folhas que caem e das borboletas que brincam. Os lagos de sol que se espalham na grama vindos dos galhos das árvores que os filtram. A teia de sons que pássaros e cigarras vão tecendo num véu de manhã murmuram um grito de eternidade que se espraia na manhã do mundo.

murmúrios 1

Poesia em fio perpassando-se em rios...

...

morreu o ego nasceu o todo fez-se sossego no céu de tudo.

Res Publica

Sylvio Costa Filho (Ator e Professor) Ainda alimenta as ações de alguns dos nossos servidores e administradores públicos, o sentimento de posse da “coisa pública”. Tratam dos valores coletivos como se fosse capital individual. Usam o espaço público como quintal privado. E o poder, que deveria ser socializado e distribuído, passa a ser confiscado e usurpado. Essa cultura feudal, resquício do coronelismo, com tons de autoritarismo e arrogância, é uma das pragas que infectam as administrações e violentam a cidadania. A educação dos nossos jovens e da população em geral deve levar em consideração esses descaminhos e instrumentalizar a todos nós para que estejamos atentos e vigilantes, não permitindo que o espaço público seja invadido por esses parasitas nefastos. Todos os escalões, todas as instâncias acabam sendo corroídas por esses vermes que só encontram condições favoráveis devido à falta de seriedade e à conivência de uns, à subserviência de outros e à cidadania def

Outra heroína do Brasil (Heleny Guariba)

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Quando o golpe de 1964 instaurou a ditadura militar no Brasil, mulheres e homens amargaram nas prisões de delegacias e aparelhos clandestinos de repressão, sofrendo as mais desumanas torturas físicas e psicológicas. Com o poder nas mãos dos militares, muitas destas pessoas foram exiladas e deixaram o país. Outras ficaram, para lutar das mais variadas formas para reconquistar a liberdade e a democracia do Brasil. O ideal era o mesmo, mas as formas de luta variavam: alguns decidiram pegar em armas, através das guerrilhas, outros escolheram a arte. Dentre aqueles que optaram por este instrumento está a diretora teatral Heleny Guariba, que junto com outros nomes desconhecidos pela maioria dos brasileiros, contribuiu para semear o ideal de liberdade e de justiça em um período crítico da história nacional. Heleny Ferreira Telles Guariba nasceu em Bebedouro, interior de São Paulo, em 1941 e se criou numa família essencialmen

JANA (heroína do Brasil)

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. JANA MORONI BARROSO (1948-1974) Cearense de uma conhecida família de Fortaleza, Jana cresceu em Petrópolis (RJ), onde praticou escotismo, primeiro como “lobinha” e depois como “bandeirante”. Concluiu naquela cidade o ensino médio e cursou até o quarto ano de Biologia na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), onde se integrou à Juventude do PCdoB. Trabalhou, com outros companheiros, como responsável pela imprensa clandestina do partido. Em 21 de abril de 1971, foi deslocada para a localidade de Metade, região do Araguaia, onde exerceu a atividade de professora e ficou conhecida como Cristina, integrando o Destacamento A da guerrilha. Dedicou-se também a atividades de caça e ao plantio. Casou-se com Nelson Lima Piauhy Dourado. Ao se despedir dos pais, deixou-lhes uma carta em que explicava as razões de sua opção política e um exemplar do clássico de Gorki, A mãe, que narra uma sensível história de amor entre um militante socialista e sua mãe na Rússia cz

Discurso de posse da ministra da cultura Ana de Holanda

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03 de janeiro de 2011 Posse da nova ministra Discurso de posse proferido pela nova ministra da Cultura, Ana de Hollanda Excelentíssimos Srs. ministros e ministras, senadores e deputados, demais autoridades presentes, caríssimos servidores do Ministério da Cultura do Brasil, Minhas amigas, meus amigos, boa tarde. Antes de mais nada, quero dizer que é com alegria que me encontro aqui hoje. Uma espécie de alegria que eu talvez possa definir como uma alegria densa. Porque este é, para mim, um momento de emoção, felicidade e compromisso. Sinto-me realmente honrada por ter sido escolhida, pela presidenta Dilma Rousseff, para ser a nova ministra da Cultura do meu país. Um momento novo está amanhecendo na história do Brasil – quando, pela primeira vez, uma mulher assume a Presidência da República. Por essa razão, me sinto também privilegiada pela escolha. Também é a primeira vez que uma mulher vai assumir o Ministério da Cultura. E aqui estou para firmar um c