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Mostrando postagens de fevereiro, 2011

Deputada Luiza Erundina em nome dos ideais

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Exemplo de idealismo e de dignidade, a deputada Luiza Erundina faz a diferença nessa farra de oportunismos em que se desvia e cai no atoleiro, a política em nossos dias. Partidos são usados como plataforma de poderes pessoais e não como ferramenta ideológica para mudanças na sociedade em nome do povo e da cidadania. Parabéns à deputada, a cidadania se solidariza com o seu gesto. Infelizmente Luiza Erundina é uma exceção e no entanto a sua atitude é que deveria ser a regra e pautar o comportamento dos políticos de nosso país...bem...mas aí nós viveríamos em um outro mundo. Mas é para esse outro mundo existir que atitudes como a da deputada ainda sobrevivem e lutam para a sobrevivência dos ideais, da justiça e da vergonha na cara. Partidos virarem, como ela mesma falou, "barrigas de aluguel", acaba gerando monstros que pertencem a uma espécie que nós, vitimados por uma ditadura que tanto mal nos causou, não podemos admitir como sendo nossos "aliados". Abaixo copio n

Morte de Moacyr Scliar

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É com pesar que repasso a notícia da morte de um grande escritor, médico e intelectual de quem tive o prazer de ler bons livros e assistir palestras das quais sempre saí enriquecido. Hoje, mais uma vez sa letras brasileiras perdem uma voz, mas ficam as belas páginas. Obrigado Moacyr Scliar. Memória Morre o escritor Moacyr Scliar (Divulgação) Morreu na madrugada deste domingo o escritor gaúcho Moacyr Scliar, de falência múltipla de órgãos. Ele sofreu um acidente vascular cerebral isquêmico (AVC ) em 16 de janeiro , enquanto se recuperava de uma cirurgia no intestino, e desde então estava internado no Centro de Tratamento Intensivo (CTI) do Hospital de Clínicas de Porto Alegre. O velório deve ocorrer no salão Júlio de Castilhos da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, a partir das 14 horas, e o sepu

Olhos Parados cap. 12

12 O pequeno tesouro que Zé Carlos herdara do Sabão cada dia trazia uma surpresa. Primeiro foram os próprios livros e depois algumas folhas com anotações e textos que o velho deixara esquecidos entre as páginas. Ainda havia os cadernos nos quais o garoto foi descobrindo que aquele homem era na verdade um velho sábio, mas um sábio que parece ter perdido o encanto e abdicado da sua sabedoria. Seus cadernos eram cheios de poemas, crônicas e reflexões. Sabão falava do que via e sentia no Morro da Cachaça e do que sabia do mundo. E quem diria!? Quanta coisa ele sabia! Um dos cadernos do Sabão começava com a seguinte afirmação: “A realidade é sempre mais rica, mas sem sonhos nenhum real se justifica.” A partir desse pensamento, ele tecia os seus textos trazendo realidades com uma precisão microscópica. Às vezes, sua crítica ia fundo como um instrumento cirúrgico. Ele expunha, em sua lucidez, os nervos e as fibrilações mais internas dos fatos, arrancando deles o absurdo ou a

Aluno nota 10. Educação nota 100. Brasil nota 1000!!!

O título acima é o tema de um sonho. Um sobrevoo pela utopia e um flagrante das nossas esperanças. A Câmara Municipal de Petrópolis deve receber o nosso reconhecimento pelo seu projeto "Aluno Nota 10" que homenageia os estudantes das escolas de Petrópolis, através de uma premiação pelo desempenho, após avaliação de assiduidade e resultados. Já há dois anos consecutivos o Colégio Hercília Henriques Moret esteve presente nesse evento através de suas alunas Aline de Melo Navarro (2009) e Ana Maria Xavier (2010). É um motivo de satisfação para todos nós, professores, diretores, funcionários, alunos , famílias e comunidade vermos objetivos sendo atingidos. Ganha o individual através do aluno premiado, a instituição pública da Educação passa a ser prestigiada e o país se enriquece com o incentivo ao desenvolvimento. A repercussão começa a produzir os seus frutos, outros jovens ao perceberem que, em seu colégio, colegas foram reconhecidos e recompensados, começam a ficar mais es

Inês Etienne Romeu recebe prêmio de direitos humanos

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Inês Etienne Romeu recebeu o prêmio de direitos humanos 2009 na categoria "Direito à Memória e à Verdade". fonte: BLOG DO NILMÁRIO

Medalha Chico Mendes: Inês Etiene Romeu

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Grupo Tortura Nunca Mais Inês Etiene Romeu Inês Etienne Romeu é de Pouso Alegre, lá do sul de Minas, das divisas. Quando Inês nasceu, Pouso Alegre era desses lugares onde o tempo corre manso e onde as pessoas tocam vidas sem susto. Podia ter ficado e posto casa buliçosa de filhos, cultivado jardins, feito caridade e acreditado que

OAB ANALISA CASO DE ADVOGADO CARCEREIRO DA CASA DA MORTE

OAB do Rio analisará caso de advogado acusado de torturar Autor(es): Agência o globo:Chico Otavio O Globo - 14/02/2011 Ubirajara Sousa foi carcereiro da "Casa da Morte" A Ordem dos Advogados do Brasil, seção Rio de Janeiro (OAB/RJ) vai submeter o advogado Ubirajara Ribeiro de Souza, de 74 anos, ao seu Tribunal de Ética e Disciplina. Em reportagem publicada ontem, O GLOBO revelou que Ubirajara atuou, como sargento do Exército, usando os codinomes "Zezão" ou "Zé Grande", na "Casa da Morte", centro de tortura supostamente montado pelo Centro de Informações do Exército (CIE), no início dos anos 1970, em Petrópolis, para interrogar e eliminar presos políticos considerados irrecuperáveis. - As notícias que envolvem o advogado Ubirajara Ribeiro de Souza são de extrema gravidade. O fato de, à época, ele não pertencer aos quadros da OAB não nos impede de investigar a denúncia, já que se trata, se verdade for, de conduta incompatível com a advocacia - diss

"Ministério do Silêncio" em" Histórias da Casa de Tortura de Petrópolis"

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Livro “Ministério do Silêncio” Por ditacasa A seguir, você pode acompanhar parte da pesquisa do jornalista Lucas Figueiredo, baseada em mais de 20 quilos de documentos. Figueiredo traz a primeira história do serviço secreto no Brasil passando pelos anos da ditadura onde Inês Romeu aparece como uma das “personagens”. Para acompanhar parte do livro, clique sobre a imagem.

Prisioneiros torturados na casa da morte

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Grupo Tortura Nunca Mais divulga dados de desaparecidos Por ditacasa O Grupo Tortura Nunca Mais foi fundado em 1985 por ex-prisioneiros políticos e familiares de presos políticos que viveram situações de tortura durante o regime militar e por familiares de mortos e desaparecidos políticos com o intuito de conclamar a sociedade brasileira pelo pedido dos Direitos Humanos e da Justiça para que se resolvam as pendências que a Ditadura ainda guarda aos brasileiros. Abaixo, em cada foto, você encontra os prisioneiros políticos que foram torturados na “Casa de Tortura de Petrópolis” e que, depois disso, desapareceram ou têm suas mortes ainda não explicadas. Clicando na foto, você tem acesso à página resumida do caso de cada um. Como sabemos, estas quatro pessoas não foram as únicas. Suas histórias estão em parte disponibilizadas na internet através de depoimentos de presos sobreviventes como Inês Romeu. Outras tantas pessoas, as quais as famílias e amigos reivind

A denúncia, a casa e o médico da tortura

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Inês A CASA DOS HORRORES E O MÉDICO DA TORTURA Por ditacasa UMA DENÚNCIA IRREFUTÁVEL – LÚCIA ROMEU A existência da casa clandestina de tortura mantida pelos agentes da repressão na cidade serrana de Petrópolis (RJ), nos anos de chumbo da ditadura militar, era de meu conhecimento desde 1971. Naquele ano, de 8 de maio a 11 de agosto, minha irmã Inês Etienne Romeu lá fora mantida em cárcere privado, sendo barbaramente torturada, seviciada, estuprada e obrigada a me denunciar como subversiva. Eu tinha, portanto, uma motivação sobre-humana para revelar à opinião pública toda a covardia e sordidez que ela sofreu quando a oportunidade se apresentasse. Foi necessária uma enorme paciência. A denúncia só poderia ser feita depois que Inês saísse da prisão para não colocá-la em risco. Ela cumpriu pena até 29 de agosto de 1979, no Instituto Penal Talavera Bruce, em Bangu, no

OS PERSONAGENS DA CASA (Fonte: Ditacasa)

Os personagens Aqui, você fica conhecendo os principais envolvidos na matéria de Lúcia Romeu, A CASA DOS HORRORES, publicada na ISTOÉ de 1982. INÊS ETIENNE ROMEU Inês é mineira, nascida em Pouso Alegre, no sul de Minas Gerais. Estudou História, e trabalhou por algum tempo como bancária no Banco de Minas Gerais.Foi militante política, com atuação no Sindicato dos Bancários de Belo Horizonte e no movimento estudantil dos anos 60. Inês pertenceu às organizações Política Operária e Vanguarda popular Revolucionária (VPR). Assim como a maioria dos jovens militantes, Inês ingressou na luta contra a ditadura militar instaurada no país em 64. Em 1971 foi presa em São Paulo, onde foi torturada pelo delegado Fleury e, depois, transferida para o Rio de Janeiro, onde sofreu os mais bárbaros suplícios. Em 1972, foi condenada a prisão perpétua; permaneceu na penitenciária de Bangu até 1979. Dois anos depois, com o apoio de entidades como a OAB e a ABI e de familiares de desap

O CORDEIRO ERA O DOUTOR LOBO, parte III

Por ditacasa Identificado por Inês, o psicanalista Amílcar Lobo admitiu: foi convocado pelo Exécito para atender os presos políticos que sofriam torturas. Quase dez anos depois de sua passagem pela casa da rua Arthur Barbosa, em Petrópolis, Inês Etienne Romeu e o medico e psicanalista Amílcar Lobo – que lá atendia pelo codinome de carneiro – voltaram a se encontrar, quinta-feira passada. Do tenso reencontro participara, também, o deputado Modesto da Silveira (PMDB-RJ) e a repórter Lúcia Romeu, da ISTOÉ, Abaixo, seu diálogo: Inês. Dr. Lobo, eu acho que conheço o senhor. Meu nome é Inês Etienne Romeu e eu estive com um médico chamado Dr. Lobo na casa de Petrópolis. Outros presos políticos também o conheceram na PE da Barão de Mesquita. Modesto . O senhor esteve naquela casa em Petrópolis, não é verdade? Lobo. Eu fui convocado. Eu não fiz o serviço militar e, após terminar o curso de Medicina, fui convocado pelo Exército. O que se está levantando é um assunto m

A CASA DOS HORRORES, parte I e II

A CASA DOS HORRORES, parte I dezembro 15, 2009 Após dez anos, a ex-presa política Inês Etienne Romeu volta a Petrópolis e descobre a casa onde foi torturada e por onde passaram vários “desaparecidos” A cena foi dramática. Em pé, no meio da rua, estavam Etienne Romeu e seus acompanhantes, dentro do Chevette cor de mel BW-1566 com um adesivo da Polícia federal preso no pára-brisa, trêmulo, visivelmente nervoso – ele chegou a bater o carro na garagem da própria residência -, Mário Lodders, o antigo proprietário da casa nº 668 da rua Arthur Barbosa, em Petrópolis. Nessa casa, entre 8 de maio e 11 de agosto de 1971, Inês Etienne, militante da organização clandestina Vanguarda Popular Revolucionária (VPR), acusada de participar do seqüestro do embaixador suíço Giovanni Enrico Bucher, em 1970, presa pelo delegado Sérgio Fernando Paranhos Fleury na Avenida Santo Amaro, em São Paulo, em 1971, e condenada à prisão perpétua, depois reduzida para oito anos, que cump

Vídeo sobre a Casa da Morte e Operação Condor

http://www.youtube.com/watch? v=eecOi9jQ9cA - vídeo da tv record na Casa da Morte

O algoz da 'Casa da Morte', em Petrópolis (blog do Noblat)

Enviado por Ricardo Noblat - 13.02.2011 Geral Descoberto o algoz da 'Casa da Morte', em Petrópolis Chico Otavio e Thiago Herdy, O Globo Em poucas frases, doutor Ubirajara destila o azedume. Para não revelar o que sabe, alega que está morrendo, vencido por uma moléstia grave. Reclama de um suposto dedo-duro, prometendo "rezar por ele, pela maldade que fez" ao delatar o seu paradeiro. E arremata a conversa com sarcasmo: - Se alguém atirar em mim, estará me fazendo um favor. Aos 74 anos, os cinco últimos dedicados a enfrentar um câncer de próstata, o ex-sargento do Exército e advogado Ubirajara Ribeiro de Souza rechaça, agoniado, a chance de revelar um segredo que carrega há quatro décadas: o destino de Carlos Alberto Soares de Freitas, o Beto, amigo e ex-comandante de Dilma Rousseff nos tempos em que a presidente da República era militante da VAR-Palmares, organização da luta armada atuante no início dos a

Sobre os Cemitérios de Petrópolis (Grupo Tortura Nunca Mais /RJ)

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Esclarecimento Público sobre os Cemitérios de Petrópolis O Grupo Tortura Nunca Mais/RJ vem a público esclarecer alguns pontos contidos na publicação “Habeas Corpus – que se apresente o corpo”, de responsabilidade da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República lançado em dezembro de 2010. Estranhamos e, mesmo, nos impactamos com as informações contidas à página 169 da referida publicação que afirmam que 19 (dezenove) desaparecidos políticos poderiam estar enterrados nesses cemitérios depois de terem, em sua maioria, sido levados para a “Casa da Morte”, em Petrópolis (local clandestino da repressão à época). Cabe esclarecer que, em agosto de 2010, fomos procurados por Ivan Akselr

O Reino da Volta

Como em um dia eu fui, depois tive que voltar. Mas agora aqui estou então já não há lugar. O caminho percorrido para o Reino que voltei me deixou adormecido e espantado despertei. No círculo desta estrada eu sempre voltava ao ponto recolhendo onde passava o rastro de um desencontro. Tudo por onde passei e todos que conheci era eu mesmo neste Reino aqui, de onde não saí. sylvio 26/01/2011

O Peixe e o Homem

O peixe cobiça a isca no anzol da armadilha, o homem perde sua vida na ânsia do dia a dia. sylvio 26/01/2011

folhas...

Árvore poema no outono da paisagem folhas de haicai. sylvio 26/01/2011

...páginas...

Abrir para o caminho a estrada das palavras: passos pelas páginas... sylvio 26/01/2011

Casa da Morte e a justiça?

Elio Gaspari O médico do DOI deixou uma aula para a procuradora Zandonade A procuradora da Fazenda Nacional Adriana Zandonade quer inaugurar um novo capítulo na história dos direitos humanos no Brasil. Ela meteu-se numa história comprida e vale a pena contá-la desde o início. No dia 5 de maio de 1971, a cidadã Inês Etienne Romeu, quadro de chefia da organização terrorista VAR-Palmares, foi presa em São Paulo pelo delegado Sérgio Fleury. Três dias depois, tendo passado pelo Hospital Central do Exército, no Rio, foi levada para uma casa de Petrópolis (Rua Artur Barbosa 668, de propriedade de Mario Lodders). Lá ficou até o dia 11 de agosto. Foi sistematicamente torturada e, por duas vezes, estuprada. Tornou-se a única pessoa a sair viva daquilo que mais tarde viria a se chamar Casa da Morte. Era um aparelho clandestino do Centro de

Morte de Rubens Paiva

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POR EULER DE FRANÇA BELÉM EM 30/01/2011 ÀS 11:47 AM Morte de Rubens Paiva permanece obra aberta publicado em livros Com apoio de amplos setores civis, tanto nas elites quanto entre populares, militares derrubaram o presidente João Goulart, no início de abril de 1964. O primeiro presidente militar, Castello Branco, planejou uma transição com candidato civil para substitui-lo. O mineiro Bilac Pinto, um liberal, era uma de suas apostas. Não deu pé. A linha dura, liderada por Costa e Silva, optou pela continuidade da caserna e manteve o poder. A manutenção de partidos políticos, Arena e MDB, e portanto de eleições contribuiu para que a ditadura, embora autoritária, não se tornasse totalitária. A cassação de mandatos, com evidentes exageros, não impediu que políticos de proa da oposição, como Ulysses Guimarães e Tancredo Neves, se ma

Petrópolis e "A Casa da Morte"

Há uns dois anos atrás, eu ao falar para uma turma sobre os anos de chumbo, a repressão e as torturas que aconteceram durante a ditadura militar, fui contestado por um aluno, pois ele, filho de militar, dizia que nada daquilo acontecera, que era só ficção. Resolvi mostrar aos jovens um pouco do que acontecera em nosso país. A barbárie e a violência que fora praticada. E, aqui, em nossa pacata cidade de Petrópolis, considerada para muitos como um paraíso, foi implantado uma das sucursais do inferno: a chamada "Casa da Morte", e é sobre ela que postarei alguns artigos e matérias para que a história triste não seja apagada como se nada tivesse acontecido e para que nós fiquemos mais atentos ao que acontece à nossa volta. Revista Veja Reportagens 18 de novembro de 1992 Autópsia da sombra O depoimento terrível de um ex-sargento que transitava no mundo clandestino da repressão militar resgata parte da história de uma guerra suja Marival Dias Chaves do Canto tem 45 anos, é moreno, m