Bolívar
Eu e Simon Bolívar, o libertador, em Paris Simon Bolívar e o seu mestre Simon Rodriguez. Todas aquelas andanças pelo mundo em uma rede de aventuras e libertação. A coragem para mudar um mundo injusto. A busca de união e a capacidade de aprender com as próprias derrotas. Não esmorecer nunca. Tudo isso deixava o José Carlos em uma atmosfera de fascinação. Ele, menino pobre, que não viajava por total carência de recursos, viajava com seus heróis, através da leitura, no veículo encantado das palavras. Ler era possuir asas, era ampliar em muito a possibilidade dos olhos. Descobrira isso desde que chegara à última lição de sua velha cartilha. Essa era uma das diferenças entre ele e os outros garotos do morro. A primeira vez que entrara na Biblioteca Municipal foi tão fascinante quanto em outra ocasião, em que ainda bem criança, entrara na sede da banda e ouvira os músicos afinando os vários instrumentos. Todos aqueles sons eram fo...