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Diário do escritor que não fui - 7 de fevereiro de 2020

2020. Um ano que pede mais do que nunca sinceridade. Por isso volto aqui. Sentimentos misturados. A idade começa a pesar nos dois pratos da balança. Ora um lago de tristeza, ora a vastidão e a liberdade dos páramos. Como dois contos que escrevi para o livro inédito (mais um) "Contos do pôr do sol". Viver de verdade não é coisa mesmo para amador. Chuva, sol, arco íris, mais chuva, mais sol, jardim molhado, temporal,  relâmpagos, trovões, cachoeira descendo da mata, águas invadindo o jardim, rios pelos quintais... Pingos escasseando...Fim de tarde secando...Noite...Silêncio... Uma pausa naquela adaga pendulando sobre a cabeça. As cobranças se esquecem. O aperto desvanece no peito. As secretas lágrimas secam, somem da paisagem. O sonho cobre o mundo com o manto do descanso. As águas murmuram mansas. O passado e o futuro adormeceram...