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Diário do escritor que não fui - 10/10/2020

  Dias e dias, conferências e encontros virtuais, redes sociais, mais tecnológicas que sociais. O Brasil já tem quase 150.000 mortos pelo vírus. E os desgovernantes continuam o processo de demolição do país. Será que um dia sairemos desta ? 

Diário do escritor que não fui (Março de 2020 - A Pandemia e o Pandemônio)

A pandemia e o pandemônio Ele chegou em março, o vírus. Foi assolando o mundo. Deixando centenas, milhares de mortes. As aulas pararam, tudo teve que parar. Ficamos confinados. Só podíamos sair de máscara que protegesse do contágio. Idosos foram considerados população de risco. E nesta, estou incluído. Estamos, eu e Pita, pois já passamos dos sessenta. Quando precisamos ir ao mercado para abastecer a casa, existe todo um ritual a ser seguido em detalhes. Trocas de roupa. Sapatos. Lavar os produtos, embalagens e sacas, ao voltar das compras. E o pior é que não temos autoridades responsáveis que desenvolvam planejamentos e estratégias para minimizar os males, pelo contrário, o psicopata que foi alçado à presidência age como se não houvesse uma pandemia. Chegou a menosprezar a dimensão do problema, chamando de "gripezinha". A preocupação dele é com a economia e o lucro dos seus ricos patrões, não se importando com as vidas humanas, na verdade mandando-as à morte, disseminando

Diário do escritor que não fui - 7 de fevereiro de 2020

2020. Um ano que pede mais do que nunca sinceridade. Por isso volto aqui. Sentimentos misturados. A idade começa a pesar nos dois pratos da balança. Ora um lago de tristeza, ora a vastidão e a liberdade dos páramos. Como dois contos que escrevi para o livro inédito (mais um) "Contos do pôr do sol". Viver de verdade não é coisa mesmo para amador. Chuva, sol, arco íris, mais chuva, mais sol, jardim molhado, temporal,  relâmpagos, trovões, cachoeira descendo da mata, águas invadindo o jardim, rios pelos quintais... Pingos escasseando...Fim de tarde secando...Noite...Silêncio... Uma pausa naquela adaga pendulando sobre a cabeça. As cobranças se esquecem. O aperto desvanece no peito. As secretas lágrimas secam, somem da paisagem. O sonho cobre o mundo com o manto do descanso. As águas murmuram mansas. O passado e o futuro adormeceram...