Em minha viagem sempre te encontrava. Por entre as árvores da estrada, nos céus de Paris, às margens do Sena, ao entardecer, no som dos acordeons que traziam as primeiras estrelas. Em um perfil que passava, em um olhar distante, em um sorriso presente, na mesa dos cafés, na escadaria de Montmartre, nos parques, sempre, sempre te encontrava. Nos museus, nos boulevards, no gosto do vinho e no perfume do ar. Sempre te encontrava. Na torre, no metrô, nas praças, nas vielas, dentro e fora das janelas. Nas escadas, nas sacadas, nos hotéis e nas estátuas. Em Rodin e em Monet. Em Van Gogh e em Lautrec. Sempre, sempre, tua presença viva na brisa que vinha a me soprar e sorrir: poesia, poesia... pois asssim eram os dias no diário da viagem que seguia.