Manoel e Rosa

Manoel
libertou-me as palavras
de barros
de latas, de sapos, de lagartixas.
Feito flor
brotada da madrugada
tecida de orvalho
no fino fio da teia da aranha.
Como a prosa do Guimarães
o Rosa
despalavrando-me
enveredando-me pelos sertões.
Manoel de Barros
epifania linguística
minha alforria poética.

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