Do espelho adolescente o Outro cobrava ao Eu: - De você, eu quero você mesmo! E o Eu ficava preso no espelho da cobrança. Fugia para a aventura da vida mas sempre se deparava com a imagem que lhe cobrava. Algemas, grades, calabouço dos espelhos, solitário exílio do silêncio, areia movediça tragando a vontade, abortando a viagem. Até o dia, muito além de tudo, muito depois da história já distante de tantas batalhas entre o Eu, o Outro e o mundo, até o dia além de tantas mortes já sem Eu, sem Outro e sem mundo quando simplesmente passava e se descobria na luz da flor mágica do todo. Só e unido.