Discurso no Encontro do PSOL Petrópolis

Discurso proferido no Encontro do PSOL PETRÓPOLIS, no Clube Musical Euterpe, no dia 15 de abril de 2012

Sylvio Costa Filho
(Pré-candidato a vereador)

Bom dia companheiros e companheiras, camaradas, amigos e amigas! Sejam bem-vindos! Aqui estou representando os meus companheiros e companheiras pré-candidatos a vereador.

Cultura, educação e cidadania: três agulhas que costuram o tecido da nossa existência em sociedade. Ao mesmo tempo são os fios, a trama e o traçado da nossa vida.
Hora de escolha, tempo de eleição e momento para ativar a consciência. A escolha dos candidatos não pode passar por simples troca de favores pessoais, simpatias adquiridas com meros tapinhas nas costas ou sorrisos de ocasião.
Na hora de escolher é preciso saber qual é o compromisso do candidato, qual tem sido a sua postura em relação à cidade, ao tempo e ao mundo em que vivemos, além de analisar o tipo de alianças que ele vem costurando.
Falar sobre um determinado problema e apontar descaminhos é fácil. Mas o que fazer? Como fazer? E o espaço da cidadania, onde fica? O exercício do poder deve ter como profissão de fé aumentar o poder do cidadão e não utilizar o cargo em causa própria. É fundamental abrir o espaço da reivindicação na conquista diária do direito coletivo. Não são os cargos políticos que têm o monopólio da cidadania e que possuem a prerrogativa de ofertá-la ou negá-la segundo a sua vontade.
Vereadores e prefeitos legislam e executam em nome do povo e para o povo, servindo ao bem-estar da coletividade.
Da mesma forma a cultura não é criação dos governos e das secretarias, como uma vez, há alguns anos, um candidato a prefeito afirmou, ao dizer que no governo que terminava não existira cultura. Como se isso fosse possível! A cultura respira na prática coletiva, algumas vezes sem governo e, em outras vezes, apesar dele.
O que queremos e precisamos é escolher com discernimento os homens e mulheres certos. Não é hora de desanimar e dar seu voto para qualquer um, ou simplesmente inutilizá-lo. Quando tantos oportunistas se aproximam da política visando cargos públicos, quando as mazelas da classe política são expostas a cada dia, é o exato momento das pessoas de bem se aproximarem das decisões e passarem a influenciar o processo. Do contrário as nossas casas ficarão abertas à invasão dos facínoras e aproveitadores.
Em relação à educação ouvimos sempre muitas frases feitas e soluções miraculosas, que não se sustentam. São o reflexo de um desconhecimento das raízes do problema. Prometem priorização e investimentos na área. Mas o que acaba acontecendo é que ou as promessas não são cumpridas ou os projetos não são acompanhados devidamente em todo o seu percurso, ocasionando os desvios por falta de planejamento e fiscalização responsável. Em nome da educação muitos crimes são cometidos e suas sequelas já há tanto tempo vêm prejudicando o desenvolvimento do nosso país. Irresponsabilidade e medidas paliativas não combinam com educação.
Só mesmo a participação plena da cidadania pode coibir os excessos e desvios. Será essa participação que poderá direcionar as boas iniciativas.
E é para essa participação que os companheiros pré-candidatos se apresentam e neste momento deles sou o porta-voz. Como os companheiros Alex, nosso pré-candidato a Prefeito e os pré-candidatos para a câmara, como Ester, Berlim, Pureza e Carlos Silva que sinalizam e têm em sua prática a ação no sentido de que deve haver um trabalho educacional, já nas escolas, sobre as questões de defesa civil, educação para o trânsito, saúde, e que esta não seja tratada apenas com medidas paliativas que não resolvem os problemas e servem unicamente como manobras circunstanciais e eleitoreiras. Os nossos jovens também são lembrados pelo perigo que correm em relação às drogas e quanto precisam de apoio e atenção. São muitas as demandas e as carências em nossa cidade. Quanto sofrimento não passamos nos últimos anos com o péssimo transporte nosso de cada dia, uma verdadeira calamidade ao irmos e voltarmos dos nossos trabalhos e tratados com tanta indignidade e desumanidade mesmo!?
Não é por acaso que em Petrópolis as pastas da cultura e do turismo estão unidas, mas também não é por acaso que em nossa conferência de cultura a plenária votou em sua imensa maioria para que fossem separadas. Não queremos apenas uma cidade e uma cultura para o turismo, queremos garantir as nossas manifestações e a nossa expressão cultural também na respiração do nosso dia a dia. A plenária votou e o governo ignorou, mas a luta não parou e nossa voz não emudecerá!
Queremos representar e fazer valer a voz não apenas de uma cidade chamada imperial por decreto e que se orgulha do seu centro histórico, queremos lutar pela existência da cidade real, cujos bairros, morros e encostas ficam abandonados. E o petropolitano dessa cidade real é esquecido, aviltado, maltratado e excluído. Queremos ver um novo sol surgindo do ruço, da bruma. E quem sabe um Psol da liberdade em raios fúlgidos que irá brilhar no céu da pátria nesse instante.
Agora é a hora da sociedade pressionar e pautar a agenda daqueles que querem ser os nossos representantes, através da costura de um tecido social mais adequado. Ou então o ouro será entregue aos tolos, ou, pior ainda, aos bandidos.
Mãos à obra!!!

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