EDUCAÇÃO E TRANSFORMAÇÃO

EDUCAÇÃO
Educação para a transformação. Não para reproduzir o mesmo modelo de sociedade excludente, que admite um índice perverso de desigualdade. Educação problematizadora que não administra regras ou prescrições, mas que propõe questionamentos e que aponta para a busca de novos caminhos que só podem ser descobertos com uma nova forma de caminhar. Educação que não adestra, mas que instrumentaliza. Educação que não algema, mas que oferece as ferramentas para a construção de uma nova realidade. Educação que não prepara senhores e escravos ou consumidores e serviçais. Educação que ajuda a conceber cidadãos em processo dinâmico de conscientização.

Para que haja uma educação assim é preciso que a Escola modifique suas estruturas viciadas. É preciso que a Escola respire o ar da cultura dos que nela se encontram e da comunidade na qual está inserida. É preciso que que haja seriedade, compromisso e prazer no trabalho daqueles que são responsáveis pela sua existência.
A escola pública tem uma responsabilidade imensa na construção de um país mais democrático. Mas não somos ingênuos a ponto de achar que ela, por si só, poderá mudar a sociedade. Apesar disso ela pode alimentar a pulsação da mudança, pois nela são lançadas as sementes após a terra ser adubada.


Uma escola pública não pode aceitar essa realidade injusta como coisa definitiva. Ela deve te

r a meta da diminuição da desigualdade. A escola pública tem que começar dizendo NÃO ao que vem sendo feito, e caminhar, através da pesquisa constante e da ação coletiva para produzir conhecimentos geradores do SIM do vir a ser.

...O que temos visto é um eterno jogo de culpas em que todos tentam "tirar o corpo fora" e se eximir. Então se acomodam cometendo verdadeiros crimes contra o povo. Uns por má fé, outros por comodismo e muitos por total ignorância e inconsciência.

Os que se beneficiam dessa tragédia educacional, em que cada vez mais estamos afundando, continuam usufruindo das benesses da deseducação coletiva a que submetem os seus escravos e a sua mão-de-obra submissa.

Não, eles não querem uma escola boa, conscientizadora, que busque a libertação do povo das amarras e gaiolas da ignorância e da alienação. Eles querem uma massa de manobra treinada o suficiente para manter a máquina de produção, da qual são os donos,funcionando bem, mais nada.

Os senhores do poder não vão trabalhar para que haja uma boa escola pública. Não lhes interessa!

E nós já não podemos esperar que isso caia dos céus. É preciso socializar as buscas ao conhecimento, urgentemente. Criar grupos, redes, núcleos, debates itinerantes. E exigir uma escola pública decente, com boas instalações, pessoal qualificado e bem remunerado, e sobretudo...compromisso e empenho de todos: gestores, educadores, funcionários, alunos e famílias no acompanhamento do cotidiano dos filhos.

Esse último item é difícil devido ao grau de alienação e desgaste pelo trabalho excessivo a que as pessoas são submetidas. Mas juntos somos mais fortes e motivados.

Mãos à obra!!!

Sylvio Costa Filho

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