dos que foram na tarde

Água escorrendo na louça,
limpa, clara, branca.
E as teclas leves da música.
Chopin mergulhando na tarde.
Minhas mãos molhadas
e as mãos de Nelson Freire
encantadas...
Alma visitando a cozinha,
a pia, a porta, o jardim.
E, de repente,
surgem-me eles,
os que se foram.
Sorrisos, palavras e cenas
assim diluídos no tempo.
Voltam-me por um momento
na água, nas notas, nos olhos.
E enquanto o sol vai se pondo
eles se vão desprendendo
e de novo sumindo,
sumindo...sumindo...

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