S. Dumont e A Cidade Encantada

S. Dumont e A Cidade Encantada

Sylvio Costa Filho

Ator e Professor

No dia do seu aniversário, 20 de julho, coincidentemente também dia do aniversário de seu pai e dia do amigo, ele esteve em nossa cidade, onde possui sua casa, “A Encantada”, na Rua do Encanto 22. Foi recebido no Palácio Rio Negro pelo Sr. Aluysio Robalinho e lá, após uma visita e algumas entrevistas, incluindo uma rápida passagem pelo museu da FEB, em prédio contíguo ao Palácio, Alberto Santos Dumont e sua amiga e ardorosa fã, Marcelle Grandcey, partiram em uma ”vitória” pelas ruas do Centro Histórico.

Dumont esteve no Rio Negro para mostrá-lo à Marcelle, pois foi ali, que em janeiro de 1914, compareceu a uma audiência com o Presidente Marechal Hermes da Fonseca que o convidara. O então presidente estava em lua-de-mel, de suas segundas núpcias, pois enviuvara e dessa vez casara-se em dezembro com a jovem Nair de Tefé. Dumont recordou-se daquele momento, do clima ameno e da natureza petropolitana que tanto o encantou.

Em seu passeio atual pela cidade foi agraciado com a simpatia dos petropolitanos e também dos turistas que ficaram maravilhados por conhecê-lo pessoalmente. Alguns pediam para fotografar ao lado dele, outros perguntavam detalhes sobre sua vida e seus inventos e, mais que tudo, todos manifestavam seus votos de feliz aniversário e parabenizavam-no por seus inventos. E claro, mencionavam a casa do inventor e prometiam fazer uma visita à mesma, quando eram convidados pelo aeronauta.

Nos jardins do Museu Imperial a presença do Sr. Alberto e de Marcelle causou uma surpresa e uma euforia dos que ali estavam, muitos eram provenientes de outras cidades e até de outros países, mas todos faziam questão de guardar uma lembrança fotográfica ao lado do “Pai da Aviação”.

Dumont visitou a biblioteca municipal, foi à sala do arquivo histórico, onde encontrou entre outros o Prof. Jerônymo Ferreira Alves Netto, que lá estava em suas pesquisas. Depois foi até livrarias, cafés, atravessou toda a Dezesseis de Março, subiu a Nelson Sá Earp e na Praça da Liberdade visitou a casa de Cláudio de Souza, cujas obras foram recém inauguradas. Lá foi recebido pela Sra. Rosane de Freitas que o acompanhou pela casa, explicando todos os detalhes da obra e dos futuros projetos para aquele espaço.

Ao passar pela praça 14-bis, avistou a réplica do seu invento famoso o que lhe trouxe gratas lembranças, as quais ele confidenciou à sua amiga Marcelle. Também contou para ela que ali fora o local onde ele ficara hospedado em sua estada de 1918, uma vez que onde hoje é a praça, outrora era o Hotel Majestic, que também inaugurara dias antes de sua chegada, naquele ano de 1914.

Então, já ao fim da tarde, Alberto Santos Dumont e sua simpática acompanhante e amiga subiram a Rua do Encanto em direção à Encantada. Foi então que lhe surgiu uma ideia: “Petrópolis, uma cidade encantada!” Tantos personagens ilustres por aqui passaram, viveram, fizeram história... Por que não revivê-los, encantá-los, ressuscitá-los? “É preciso procurar as autoridades, os empresários, os incentivadores do turismo e da cultura e explicá-los da importância desse projeto para o desenvolvimento da cidade.” Repetiu enfático e logo recebeu o estímulo da amiga. Foi assim que S. Dumont assumiu sua nova função: “O EMBAIXADOR DO ENCANTO.”

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