Santos Dumont do blog da Fundação S. Dumont
Curiosidades
• O chapéu panamá
amassado, imagem com a qual Santos Dumont ficou conhecido, é produto de
um acaso. Em 1903, com o dirigível nº 09 durante um passeio para uma
ilha, o motor apresentou um problema. Durante o passeio ele abafou o
carburador, com o chapéu. Quando voltou foi fotografado com ele
deformado. Fez tanto sucesso que acabou virando seu amuleto. O original
do famoso chapéu panamá usado por Santos Dumont faz parte do acervo
desta Fundação. Está exposto em mostra do Museu Aeronáutico, na Base
Aérea, em Guarulhos/SP.
• O material empregado
para a construção do 14 BIS foi bambú, madeira, seda e e metal (liga
com alumínio). A cesta original(nacele) e, uma réplica em tamanho
natural, da época, fazem parte do acervo desta Fundação.
• Em dezembro de 1903,
Alberto Santos Dumont, ofereceu um jantar em seu apartamento em Paris.
Entre os convidados estavam Louis Cartier e a princesa Isabel, fiha de
D. Pedro II. Na sala de jantar se depararam com uma escada portátil,
para sentarem-se, pois as cadeiras e a mesa tinham longos pés. Esse
hábito ele adquiriu desde o final do século XIX, quando chegou a Paris,
onde apresentava os jantares aéreos com cadeiras normais suspensas e
fixadas por cabos no teto. Com o peso dos convidados, o teto acabou
cedendo e ele optou pelas mesas e cadeiras de longos pés, para que os
convidados imaginassem como seria a vida numa máquina voadora.
• Durante seu primeiro vôo de balão,
no outono de 1897, com os construtores Lachambre e Machuron, ao ouvir
os sinos das igrejas tocando meio-dia, Santos Dumont afirmou que estava
na hora de almoçar. Cada refeição para ele, era um verdadeiro ritual.
Abriu sua mala e serviu ovos cozidos, rosbife, frango, fruta, sorvete
derretido, doces. Apanhou duas taças de cristal e abriu uma garrafa de
champanhe. Para completar uma taça de licor e o café, que carregava em
uma garrafa térmica.
• Santos Dumont foi um dos primeiros freqüentadores do Restaurante Maxim’s, na Rua Royale, nº 03, em Paris, aberto
nos anos de 1890 e até hoje em funcionamento. Chegava na hora da ceia,
muitas vezes com os amigos Louis Cartier e George Goursat, o cartunista
Sem. Nos dias de vôo o chef preparava-lhe um almoço que era levado na
cesta de vime, onde o aeronauta viajava.
• Santos Dumont zombava das superstições
dos outros mas tinha as próprias. Sempre entrava nos lugares com o pé
direito. Marcava suas viagens em datas históricas importantes. Depois de
uma queda assustadora no dia 08, passou a evitar esse número. Não houve
o projeto nº 08. Também não pronunciava o nº 50 e se recusava carregar
notas de 50 francos ou 50 mil-réis. Jamais dizia adeus, com medo que
fosse sua despedida. Não dormia longe do chapéu. Só voava com uma meia
de mulher enrolada no pescoço, escondida pelo colarinho alto, da camisa.
• Deram a Santos Dumont o apelido de petit Santos.
Isso o incomodava e para disfarçar o tamanho, usava saltos nos sapatos,
ternos escuros com listas verticais, colarinhos altos para alongar o
pescoço e um chapéu panamá.
• Certa vez Santos Dumont pediu a seu amigo,
Louis Cartier, cujo avô fundara a Maison Cartier, que fizesse um
relógio adequado para a aeronáutica. Ele queria acompanhar seu tempo
enquanto voava e suas mãos tinham que estar livres para qualquer
eventualidade. Não podia ocupar as mãos para tirar o relógio do bolso.
Cartier criou para ele um modelo com visor quadrado, em metal, com
pulseira de couro. Foi consequentemente dos primeiros a usar relógio de
pulso. Sem dúvida lançou a moda que em breve tempo, passou a fazer parte
do guarda-roupa dos homens elegantes da época.
• Santos Dumont de certa forma criou o hangar.
Foi o primeiro a colocar nele, portas corrediças de grandes dimensões,
para o balão ser guardado com gás. Certa vez quando estava nos Estados
Unidos, deu uma entrevista dizendo que o país se transformaria em um
grande air-port, originando a palavra aeroporto.
• Era tímido!
Tinha o hábito de correr os dedos cheios de anéis, entre os cabelos
negros, partidos ao meio. Ocasionalmente certos gestos mostravam uma
pulseira de ouro que o punho da camisa ocultava. Na gravata sempre
trazia uma pérola ou um alfinete e, na lapela uma flor.
• Quando Santos Dumont morreu,
em 1932, o Dr. Walter Haberfield, encarregado de embalsamar o cadáver,
retirou o coração. Mergulhou em formol e doze anos depois doou ao
Governo, para que ficasse em um local público. Está até hoje, sob
custódia do Museu da Academia da Força Aérea, no campo dos Alfonsos, Rio
de Janeiro.
• O astronauta brasileiro Marcos Pontes,
na Missão Centenário (abril de 2006), na nave Soyuz, levou em sua
bagagem pessoal para a Estação Espacial, uma réplica do chapéu panamá de
Santos Dumont e um lenço original, com as iniciais SD, bordadas.
• A cubana Aida D´Acosta,
filha de uma família proeminente de Nova York, com 19 anos, viera a
passeio por Paris. Santos Dumont convidou-a para voar. Ela aceitou, mas
queria pilotar sozinha. Voou pela Cidade Luz, no Dirigível nº 09, de
Nevilly à Bagatelle, em 1903, transformando-se na primeira mulher a
pilotar uma máquina voadora.
Comentários