convite ao voo (a um poeta amigo)

Tinha o dom tom da poesia que lhe passava de pai para filme dentro do espelho por onde entrara estilhaçando mundos moinhos nos rodopios das pa(s)lavras. Tinha o tom dom do pó e da orgia que lhe embre(pre)nhava sertões solidões sortilégios e outros sulcos deixados pelas pegadas de desritmos e escombros silenciados em sinfonias submersas e ruidosas ruínas emergentes de inéditas paisagens. Não obedecia nem mesmo o desregramento dos cacos e atalhos dos seus labirintos do pai Dédalo. Recolhia das profundezas o filho Simesmo Ícaro e o devolvia ao sabor das nuvens. Muito além do Sol.

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