Diário do escritor que não fui - 15 de fevereiro de 2019

Ainda não veio o fim do mundo. As chuvas passaram e o vento não nos carregou. A quadrilha de patetas mal intencionados que se estabeleceu no poder, como é típico das quadrilhas, já começa a se entredevorar. Tudo muito previsível. O problema é o que está por trás. Os próximos movimentos dos titereteiros que manipulam esse "teatro de bonecos"... As falas dos "desministros" estão ressuscitando Sergio Porto em sua face de Stanislaw Ponte Preta. Agora somos contemporâneos do *FEBEAPÁ 2019 (*Festival de Besteiras que Assolam o País). Tenho lembrado de um outro tempo. Quando eu, adolescente ainda, era leitor assíduo de "O Pasquim". Quantas entrevistas memoráveis!!! Leila Diniz inesquecível! Quanta verve, quanta inteligência que resistia a tempos ingratos. Li até uma entrevista com Inês Etienne Romeu, denunciando "A Casa da Morte". Os artigos de Jânio de Freitas e de Paulo Francis. Os quadrinhos do Henfil. A valorização de nossa melhor safra de escritores através de entrevistas e resenhas. Uma militância de saber e sabor. O "escritor que não fui" ensaiava escrevendo para o nosso "O Jornaleco" do colégio, na carona da irreverência do já citado "O Pasquim". Festivais estudantis de música. Enfrentamentos sutis através de metáforas, ou duros, através dos protestos. Vida, vida, vida! Mais trabalhos em grupo, mais artesanato, mais coletivos e criativos. Grupos de teatro com propostas e não só baboseiras e individualismos de estrelas. Enfim, um outro tempo. Mas foi naqueles dias que me fui construindo e agora, "o escritor que não fui", vai aqui conversando com você neste blog e de ontem para hoje, sei lá por que deu este ataque de nostalgia. Acho que é por causa do tempo nublado.
Dedico a você esta conversa rápida aqui. De "o escritor que não fui" para "o leitor inexistente". Até amanhã!

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