Diário do escritor que não fui - 24 de fevereiro de 2019


No fim de um domingo releio os contos do amigo ex-aluno, hoje professor e escritor que vai se formando, para um futuro prefácio de um futuro livro. Depois tiro da mochila o caderno da adolescente que conheci na sala de aula e que há dias, timidamente chegou-se a mim ao final da aula e pediu para me mostrar seus textos, Agora, aqui, lendo, a vida ganha sentido. Pode estar nascendo uma escritora... E já nasce um escritor. As palavras, a sensibilidade, a delicadeza que, em momentos, ganha a força da vida, de uma flor que vai nascendo e já experimenta seus primeiros espinhos, enquanto na alquimia das palavras o mundo vai abrindo-se em voo. Do lado de fora a noite sorri e meus olhos brilham de novo. Resgato o prazer de ser professor e estar com meus alunos, e ex-alunos, acompanhando suas-nossas descobertas. Obrigado Heitor, obrigado Rebeca, obrigado a todos com quem um dia convivi nas salas de aula. Salas de aula das escolas públicas, hoje tão perseguidas e maltratadas. Apesar de tudo nós existimos e sobrevivemos!

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